Durante a realização de um programa da Rádio Gaúcha, o ministro da Corte Marco Aurélio comentou a decisão do colega do STF, Alexandre Moraes. Ele revelou à rádio a sua opinião sobre a ordem de retirada do conteúdos dos sites “Crusoé” e “O Antagonista”.
O ministro classificou a decisão como “mordaça” e afirmou nesta quinta-feira (18) que a decisão vai de encontro com o que está previsto na Constituição Federal de 1988. Aurélio ainda insinuou que o colega deveria reavaliar as bases da sua tomada de decisão.
Confira Também: Para 2020, proposta de salário mínimo é de R$ 1040
O ministro Marco Aurélio participou nesta quinta-feira (18) de um programa da Rádio Gaúcha. Durante a entrevista, ele vou a comentar a decisão tomada pelo colega do STF, Alexandre Moraes a respeito da retirada dos conteúdos dos sites “Crusoé” e “O Antagonista”.
“Mordaça, mordaça. Isso não se coaduna com os ares democráticos da CF 1988” declarou o ministro. Aurélio ainda complementou a sua fala ao dizer que não lembra que no regime do passado, que foi marcado pela exceção, uma decisão tão violenta como foi a do seu colega.
Na última terça-feira (16), o ministro Marco Aurélio já havia classificado a decisão do colega como um sinal de “censura e retrocesso” durante uma entrevista à TV Globo. Na ocasião, ele foi alvo de diversas críticas, sobretudo daqueles que apoiaram a decisão de Moraes.
Alexandre Moraes tinha tomado a decisão de retirar o conteúdo dos sites porque é relator de um inquérito que foi aberto em março. O processo tinha como principal objetivo apurar as notícias que fossem classificadas com fraudulentas que poderiam ferir, de alguma forma, a honra dos ministros ou que estivessem relacionadas ao vazamento de informações a respeito dos mesmos.
O ministro Marco Aurélio declarou durante a entrevista que os seus colegas precisam observar as leis com rigor, sobretudo a lei das leis, que é a Constituição Federal. Logo após, ele ainda afirmou que acredita que o STF está em crise e que é fundamental que todos trabalhem para sair dessa crise. Para ele, isso é fundamental na vida pública brasileira.